O fenômeno Beach Tennis

Silvio on 12 de julho de 2019

O fenômeno Beach Tennis.

Quando um professor de tênis de meu clube me disse, atleta já atuante da modalidade, há um ou dois semestres atrás, que o Beach Tennis estava “bombando” e era a próxima tendência do esporte, uma nova vertente do clássico tênis,  eu não soube nem avaliar a informação. Quando da segunda vez ele me comentou a respeito, olhei com certa dúvida e, de novo, sem poder muito avaliar, confesso. À partir daí, pelas imagens que eu tenha pesquisado e recebido, a organização das competições e os tradicionais clubes sócio-esportivos de São Paulo, capital e interior, além da expansão em tudo o que é praia no Brasil, era inquestionável que de uma maneira “mineirinha” ou não, o Beach Tennis já era uma tendência nacional.

Para abraçar este mercado que não se calará para um país ensolarado com 300 dias por ano ou mais, estou levando em conta São Paulo e os estados do sul que registram em seus termômetros frio (sem relativizá-alo) e uma super oscilação na mesma semana entre dias quentes e outros de casaco (assim é o inverno brasileiro nas “terras” descritas), é muita areia para o caminho mesmo este esporte. Explico: a costa brasileira é algo que não sei em qual parte do mundo tenha extensão praiana semelhante e vejo em São Paulo uma preparação das entidades esportivas a trazerem este nova modalidade aos seus associados.

Em termos não competitivos, o Beach Tennis, é, assim dizem, mais inclusivo, mais familiar, mais informal e menos técnico que o seu irmão mais velho e rigoroso, o tênis. Eu disse em um nível não-competitivo. A questão aqui são os clubes que já investiram em implantar as quadras de areia em suas sedes e outros, tardiamente talvez, implantando. Ainda dá tempo, vamos! Em um futuro próximo, quem sabe veremos os condomínios residenciais de alto padrão, verticais e horizontais, também adotando o Beach Tennis em seus espaços outdoor. A questão aqui é técnica. Para se abrir uma academia de Beach Tennis em uma grande cidade brasileira como São Paulo, como devemos nos adaptar à realidade do asfalto.

i. Quantos quadras de areia caberiam na academia que estou pensando em montar?

ii. Quantas eu quero que sejam cobertas, ao menos uma ou nenhuma delas?

iii. Localização da minha academia. Qual faixa sócio-econômica eu quero atingir e qual meu potencial e “bala” para o investimento, assim como, o “cash flow” para os meus gastos iniciais?

iv. É possível eu lançar a academia já om matriculados?

v. É possível atrair jogadores de esportes de raquetes e praticantes de outras modalidades completamente diferentes das cordas?

vi. Qual é a metragem certa que uma academia desta precisa?

vii. Preciso ter área de alta qualidade, assim como, os acessórios pertinentes à prática (como refletores para jogos noturnos e redes ou telas de proteção)?

viii. Em São Paulo, com a escassez de lugares para estacionar carros, motos e bicicletas, é de fato uma preocupação que tenho que ter como empresário um mínimo de vagas para dar conforto e segurança aos meus clientes?

viii. Estou entrando em uma modalidade “modinha” ou o “veio pra ficar”?

ix.  É verdade que o Beach Tennis é o esporte, aos menos das raquetes, que abraça de fato dos “8 aos 80” de idade?

x. Qual a taxa de retorno sobre o capital investido uma vez que eu tenha profissionais capacitados contratados que compartilhem da minha política de “pés no chão” para me ajudar a implantar esta academia sonhada?

Vamos responder estas perguntas uma dia juntos, lado ao lado, enquanto isto, exponencialmente, a cada semana e mês, novos professores vão se formando no Beach Tennis, mais alunos, mais torneios, maior a demanda por horários para o aprendizado e jogos recreativos, mais espaços, mais consolidada a modalidade portanto.

Silvio Priszkulnik, é bacharel em Direito e Economia, foi executivo no mercado financeiro de corretagem eletrônica, articulando parcerias internacionais, com atuações em 8 capitais asiáticas e 3 na Europa, além de Oriente Médio, Estados Unidos e Brasil, é consultor associado e co-fundador da Kabbani Arquitetura Fitness – braço do grupo Kabbani, com participação na modelagem inicial à Bluefit, segunda maior rede de lowcost do Brasil e, possivelmente, da América Latina, com participações também em outra dezena de casos de grande sucesso em São Paulo e no Brasil do mercado de esportes e saúde, como destaques maior, à RIDE STATE e à sede 2 da clínica de emagrecimento Dr. Máximo Ravenna (sede São Paulo), além de participação da nova academia do Clube Athletico Paulistano em fase de execução em mais uma parceria com a arquiteta Raquel Kabbani.